... E em 2009

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu...

(Desejos - Carlos Drummond de Andrade)

Natal...

Olá!
Depois de mais ou menos uma semana de descanso (meio forçado!), voltamos! E em grande estilo... Para os apaixonados por Rubem Alves, um presentinho de Natal: uma versão adaptada do texto "Os Três Reis". Feliz Natal!

Os Três Reis

Rubem Alves

Eram três reis, cada um vindo de um reino diferente, um nada sabendo sobre os outros, numa viagem absurda com que jamais haviam sonhado, caminhando na direção de uma estrela que só eles viam. Era certo que eles estavam loucos... Gaspar navegara do norte em seu navio, velas enfunadas por uma brisa fresca e constante, e agora, pés na terra, caminhava... Balt-hazar viera do sul em seu cavalo, por caminhos que cortavam matas verdejantes. Mélek-hor viera do oeste, em seu camelo, atravessando desertos com areias escaldantes.
Viajaram por muito tempo. E depois de muito viajar se chegaram a uma encruzilhada. Nela se cruzavam os quatro caminhos do mundo: o caminho do norte, o caminho do sul, o caminho do oeste e um quarto caminho... Olhando na direção do quarto caminho podia-se ver, no horizonte, uma estrela brilhante...
Havia ali, no meio da encruzilhada, uma estalagem chamada Os Quatro Caminhos do Mundo. Foi nela que os três reis se encontraram. À noite assentaram-se à volta de uma mesa para comer: pão, queijo, frutas secas, vinho. E começaram a contar suas estórias. À medida que cada um deles falava os outros se enchiam de espanto.
Que absurda coincidência! Como era isso possível? Que sendo três desconhecidos, vindos de três cantos do mundo, as suas estórias fossem a mesma estória! Todos haviam sofrido a mesma nostalgia. Todos haviam visto a estrela que ninguém mais vira. Todos haviam ouvido uma estranha melodia que os chamava... Descobriram, então, que eram companheiros. E resolveram que dali para a frente viajariam juntos.
E assim foi. Por vários dias caminharam... Aconteceu então que, noite já escura, chegaram a um minúsculo vilarejo. “Que vilarejo será esse?”, perguntaram. Gravado numa pedra estava o seu nome: “Beth-léhem”. “Estranho”, disse o erudito Gaspar: “Aprendi tudo o que há para ser aprendido sobre reinos, províncias, cidades e vilas. Mas nunca vi esse nome em qualquer um dos livros que li”.
Mélek-hor acendeu sua lâmpada de azeite e iluminou, com sua luz bruxuleante, o mapa que abrira sobre o chão. “Aqui está ela”, ele disse marcando com o seu dedo um lugar no mapa. “Beth-léhem. Fica precisamente na divisa entre dois grandes reinos. À esquerda está o Reino da Fantasia. À direita está o Reino da Realidade.”
“Já li sobre esses dois reinos nos livros sagrados”, disse Balt-hazar. São reinos perigosos. Aqueles que vivem no Reino da Fantasia ficam loucos. E aqueles que vivem no Reino da Realidade ficam loucos também, loucos de outra espécie: eles perdem a capacidade de sentir a beleza... Somente se salvam da loucura aqueles que vivem na fronteira entre os dois reinos. Esses ficam sábios e se tornam artistas. Pois Bethléhem está precisamente na divisa entre o Reino da Fantasia e o Reino da Realidade...”
No vilarejo todos dormiam. O ar estava perfumado com flores de jasmim e magnólia. E havia um brilho no ar – milhares, milhões de vaga-lumes pousados nas árvores. Ovelhas baliam ao longe, enquanto o seu pastor tocava uma flauta... Era uma noite de paz.
A estrela iluminava uma gruta. Os reis se aproximaram. Na gruta havia vacas, cavalos, burros, ovelhas. Era uma estrebaria. Mas, convivendo com os animais, uma pequena família: um jovem e uma jovem, que amamentava um nenezinho recém-nascido. Era só isso. Nada mais.
Perceberam, então, que haviam se enganado: não era a estrela que iluminava a cena. Era o nenezinho que iluminava a estrela. E olhando bem puderam ver nela, refletido como num espelho, o rosto da criancinha. Aí entenderam. Deixaram de ser reis e se transformaram em sábios. Compreenderam o grande segredo: “O universo é um berço onde uma criança dorme!”
Notaram, então, que uma coisa estranha acontecia quando olhavam para o nenezinho: eles perdiam a sua compostura real e eram dominados por uma vontade incontrolável de rir. E quando riam, ficavam leves e começavam a flutuar. Era assim: quem visse o menino se transformava numa criatura alada...
Os reis, em meio aos risos e vôos, olharam cada um para o outro e disseram: “Nossa busca chegou ao fim. Encontramos a alegria. Para se ter alegria é preciso voltar a ser criança...” Ato contínuo tomaram suas coroas, capas de veludo, dinheiro, ouro, jóias – pesadas coisas de adulto – e as depuseram no chão, ao lado das vacas e dos burros... Partiram leves, ora andando, ora pulando, ora voando, mas sempre rindo.
“Vou mudar de vida”, disse Gaspar. “É horrível ter de estar estudando ciência o tempo todo, como fiz até agora. Vou me transformar em poeta...” “Eu também vou mudar de vida”, disse Balt-hazar. “Rezar o tempo todo, como tenho feito, é muito cansativo. Vou ser palhaço. O riso é também oração...” Ao que Mélek-hor acrescentou: “E eu descobri o prazer supremo de brincar. Vou ser um fabricante de brinquedos. Quem brinca volta a ser criança. E quem volta a ser criança está de volta ao Paraíso”.
E assim partiram, cada um por um caminho. E se você, nas suas andanças, se encontrar com um poeta, um palhaço ou um fabricante de brinquedos, pergunte se ele não tem notícias de uns três reis...


Fim de Semana Poético

Olá,
Continuando nos embalos de nosso fim de semana poético, aí vai um texto do professor Edivaldo de Matemática. Divirtam-se e muito fôlego para a última semana (!!!)

Mulher que é mãe;
Mulher que é filha.
Menina mulher;
Mulher maravilha.

Jeito de menina;
Raça de guerreira;
Menina mulher;
Mulher brasileira.

Raça com graça;
Que encanta e cativa;
Menina mulher;
Mulher criativa.

Prosa sem verso;
Verso sem rima;
Corpo de mulher;
Jeito de menina.

É preciso ter "gás";
É preciso ter "pilha";
Ser uma super mulher;
Ou simplesmente: maravilha.

(Lago das Ninféias, Jardim Botânico de São Paulo, por RRR)

Fim de Semana Poético

Olá,

Depois do furacão de emoções que foi essa semana (Encontro EAD, digitação das tarjetas, Prova Brasil, Formatura EJA, reunião de pais), queremos compartilhar um sábado um tanto light. Assim, nada melhor que um bom poema para refletirmos e... sentirmos! Este foi cedido pela nossa querida professora Cláudia de Português. Deliciem-se!

O olho fechado sonha
Aberto enxerga
Curioso espreita
Alerta mira
Decidido atira
Pode ser treinado para ferir
O olho olha
E vê se quiser
O olho olha e crê
Se puder
O olho diz e o
Olhar faz calor
O olho pisca e se lubrifica
O olho até deixa
A lágrima rolar
O olho desnuda
O que está encoberto
O olho esconde atrás de si
Quem é o chefe.


(A nebulosa Helix que fica a 650 anos-luz daqui, em imagem captada pelo telescópio Hubble)

Encerramento - Curso EAD

No dia 9/12 eu, Kelve e a Valeska fomos representar os alunos-monitores na apresentação do projeto “Nossa Escola tem História”. O evento foi preparado pela Diretoria Regional de Educação Santo Amaro /DRESA, no CEU Caminho Do Mar.
Estamos escrevendo para dizer como foi a experiência de falar para algumas pessoas, qual foi o nosso trajeto de aluno-monitor. Foi muito gratificante e divertido, pois conhecemos várias pessoas, falamos sobre o projeto e ouvimos outros depoimentos. Foi uma experiência que vai ficar para sempre, principalmente a parte em que eu gaguejei. Mas respirei fundo, todos bateram palmas, continuei e acho que fui bem melhor. Depois comemos um pouquinho, tiramos algumas fotos e fomos embora...
Foi uma experiência e tanto...

Encerramento dos Cursos EAD

Olá,
Hoje participamos do evento de encerramento dos cursos EAD e de Lançamento do livro Virtual "Nossa Escola tem História" da DRE - SA. O encontro contou com palestras e depoimentos que enfocaram os diferentes fazeres que o Educarede nos possibilitou durante todo o ano. Entre eles, orgulhosamente, houve a apresentação de dois de nossos alunos monitores, Kelve da 8.ª série A e Valeska da 5.ª série B que expuseram as atividades e suas realizações no Laboratório de Informática este ano. Como não poderia deixar de ser, suas falas cativaram a todos que estavam lá e nos permitiram, mais uma vez, acreditar que estamos no caminho certo. É isso aí, esperança é a palavra da vez!

Projeto Água

Olá! Aí estão alguns trabalhos dos alunos de 2.ª, 3.ª e 4.ª série do Ciclo I. Este projeto visava a conscientização das crianças em relação à utilização adequada da água, tema tão relevante nos dias de hoje. Os alunos trabalharam em sala de aula com seus respectivos professores e, posteriormente, no Laboratório de Informática leram, reescreveram e ilustraram dicas sobre como economizar e não desperdiçar a água em situações cotidianas. Esse, aliás, foi o ponto de maior motivação entre as crianças, pois puderam relatar suas experiências e a de suas famílias sobre o assunto e explorar suas idéias com um outro recurso: o computador. Por fim, foram momentos prazerosos e espontâneos. Confiram!

Continuando...


Olá!
Alunos, professores e interessados no Ensino Fundamental II: tudo começa aqui ou... Se reinicia! O Canal 602 é o espaço da EMEF Alferes Tiradentes que fará a ligação entre nossos pensamentos e opiniões, nossas idéias e nossos trabalhos, tudo com o nosso jeito (esse jeitinho que conquista todo mundo que entra aqui, sabe?) Então, a partir de agora, este é o nosso novo espaço na internet! Sejam bem-vindos!

A primeira impressão é a que fica!


Olá!
Este é o espaço da EMEF Alferes Tiradentes dedicado às produções, aos projetos e ao carisma desafiador dos alunos do Ensino Fundamental I. No Dente de Leite poderemos encontrar idéias, realizações e soluções (sempre soluções) para nossas dúvidas, além de... Nos encontrarmos também. Então, sejam todos bem-vindos!

Um pouquinho de História...


Em 14/ 02/ 1970 foi criada a Escola Municipal de Vila Joaniza, com nome provisório pois, em 09/ 07/ 1970, ela receberia o título de Escola Municipal "Alferes Tiradentes", fazendo uma homenagem ao mártir da Independência do Brasil – Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).

Desde essa época muita coisa mudou, foram 38 anos de muito trabalho, de muitos sonhos e desafios, de muitas idas e vindas de gente querida...

Mas, quero falar sobre as mudanças recentes, o Parque, as Salas-ambiente, a Brinquedoteca. E sobre esse grupo maravilhoso de professores, funcionários e equipe técnica que sempre se esforça para dar o seu melhor! Sim, somos uma família e esse novo espaço é nosso, para nossas aspirações e realizações (que serão muitas!) Sejam bem-vindos à nossa nova casa!