Resoluções de Ano Novo: Mudar (o que for preciso)

Olá!
Desde 1.º de janeiro de 2009 estão em vigor as novas regras do Acordo Ortográfico elaborado com a intenção de uniformizar a grafia das palavras nos países que têm o português como língua oficial. Até janeiro de 2013, tanto as normas antigas quanto as novas serão aceitas. São 4 anos para se adequar... Então, por que não começar agora?

O que muda

Alfabeto

O alfabeto brasileiro passa a ter 26 letras, em vez de 23.
Foram incluídas k, w e y, usadas principalmente em siglas e palavras originárias de outras línguas.
Exemplos:Franklyn, Darwin, darwinismo, Kuwait, kuwaitiano, km (para quilômetro), kg (para quilograma), kw, (para kilowatt).

Trema

O trema foi abolido de todas as palavras da língua portuguesa. Essa marcação servia, originalmente, para destacar a pronúncia do u nas combinações que, qui, gue, gui.
A partir de agora, portanto, escreve-se aguentar, alcaguetar, ambiguidade, bilíngue, cinquenta, consequência, eloquente, enxágue, equestre, frequentar, linguiça, linguística, pinguim, sequestro, tranquilo, ubiquidade, etc. Porém, o trema é mantido em nomes próprios estrangeiros e suas derivações, como Bündchen, Schönberg, Müller e mülleriano, por exemplo.

Acento diferencial

É o acento usado para diferenciar duas palavras de significado diferente, mas escritas da mesma forma.
Ele deixa de existir nos seguintes casos:
Para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
Pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
Polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo;
Pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera.
Há as seguintes exceções:
Pôde (verbo poder no passado) conserva o acento para se distinguir de pode (verbo poder no presente);
Pôr (verbo) conserva o acento para se distinguir de por (preposição).
Uso facultativo nos casos:
Dêmos (do verbo no subjuntivo que nós dêmos) para se diferenciar de demos (do passado nós demos);
Fôrma (substantivo) para se diferenciar de forma (verbo).

Ditongo aberto

Ditongo é o encontro de duas vogais pronunciadas em uma só sílaba. O acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos das palavras paroxítonas, como alcaloide, assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia. As palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói continuam acentuadas: chapéu, herói, corrói, remói, céu, véu, lençóis, anéis, fiéis, papéis, Ilhéus.

Hiato

Os hiatos são sequências de vogais que pertencem a sílabas diferentes. Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos dos seguintes casos:
oo – enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo;
ee – creem, deem, leem, releem, veem, preveem.
O acento circunflexo continua valendo para sinalizar o plural dos verbos ter e vir e seus derivados: eles têm, eles vêm, eles retêm, eles intervêm.

U, I e U tônicos

U
A letra u não será mais acentuada nas sílabas que, qui, gue, gui dos verbos como arguir, redarguir, apaziguar, averiguar, obliquar. Assim, temos apazigue (em vez de apazigúe), argui (em vez de ele argúi), averigue, oblique. Pode-se também acentuar desta forma esses verbos: ele apazígue, averígue, oblíque.
I e U tônicos
As palavras paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas. Desta forma, agora escreve-se feiura, baiuca, boiuno, cauila. Essa regra não vale quando se trata de palavras oxítonas; nesses casos, o acento permanece. Assim, continua correto Piauí, teiús, tuiuiú.

Hífen

O hífen desaparece em algumas palavras compostas que perderam a noção de composição, por exemplo: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista. Esta é ainda uma questão controversa que será resolvida com o lançamento do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, VOLP, desenvolvido pela ABL, a ser lançado no início de 2009.

Emprego do E, I

Escreve-se com i, e não com e, antes da sílaba tônica:
Adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos -iano e -iense. Exemplos: acriano (do Acre), camoniano (referente a Camões), torriense (de Torres), açoriano (dos Açores), rosiano (relativo a Guimarães Rosa).


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